sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Sebastião Salgado


Sebastião Ribeiro Salgado nasceu no dia 08 de fevereiro de 1944 na cidade de Aimorés, em Minas Gerais.
Formado em economia tornou-se mestre em 1968. Porém trocou a economia pela fotografia, dando iníco a sua carreira no ano de 1971 quando ao viajar para realizar um trabalho para o Instituo do Café, na África levou a máquina fotográfica de sua esposa. Naquele momento, Salgado iria conhecer sua nova paixão: a fotografia.
Realizou trabalhos para o Instituto até o ano de 1973, quando em 1979 passaria a fazer parte de uma de uma grande agencia de prestígio, a Magnum Photos.
Suas fotos passaram a compor livros, e em 1986 Sebastião Salgado lança seu primeiro livro, que foi chamado de “Outras Américas”. No livro, Salgado mostrava fotografias de pessoas pobres e oprimidas que viviam na América Latina. No mesmo ano, Salgado lança “Sahel: O Homem em Pânico, resultado de sua longa colaboração a ONG Médicos sem Fronteiras, que cobria a seca da África.
Salgado dedicou-se a vários projetos, entre um dos seus grandes projetos destaque para a documentação do trabalho manual em todo mundo, que deu recebeu o nome de “Trabalhadores”. O projeto fez com que o fotógrafo se tornasse o maior fotodocumentarista do Brasil.
De 1993 à 1999, Salgado voltou sua atenção para o fenômeno global de desalojamento em massas de pessoas, que resultou “Êxodos” e “Retratos de Crianças do Êxodo”. Ambos publicados em 2000, o que fez com que o fotógrafo fosse agraciado com vários prêmios e se tornasse conhecido internacionalmente.
Atualmente, Sebastião Salgado é representante especial do UNICEF e continua tendo como foco de sua lente os excluídos, miseráveis, além de fotografar também o estado do planeta.
Hoje o fotógrafo vive em Paris com a esposa e os filhos.

Comentários sobre as fotografias de Sebastião Salgado

A primeira mostra a dura situação de crianças. Pés calçados com chinelos surrados e marcados pela dor do trabalho infantil. A difícil realidade de crianças vividas no Brasil, muitas vezes submetidas ao trabalho escravo. Salgado retrata um o abandono e a tristeza de crianças que vivem nessa situação através de dos pés mostrados na foto.

A segunda fretrata famílias desoladas, muitas sem mais esperança de tempos melhores. Pessoas vítimas de outras pessoas por questões políticas. Salgado reunião a fotografia da dor, da fome e do desespero para mostrar a realidade ainda presente em nossos dias.

A terceira a demostração de um pedaço que faz parte mundo. Pinguins cercado por gelo. Isso é uma pequena demostração da precoupação não só de salgado, como de muitas outras pessoas com o cuidado que deve ser dedicado ao planeta.

Fotografias de Sebastião Salgado




Pierre Verger


Pierre Edouard Leopold Verger nasceu no dia 04 de novembro de 1902 em Paris. Filha de uma famplia de origem belga e alemã, Verger como ficou conhecido no mundo fotográfico teve duas grandes paixões:as viagens, que iniciou nos anos 50 quando completou 30 anos e as fotografias, que lhe dariam o título de maior representante da FOTOETNOGRAFIA do Brasil.
Verger usava uma câmera rolleiflex que até hoje encontra-se na sua Fundação. Fotografava em preto e branco.
Verger tinha como foco trabalhos sobre etnia dos diferentes povos buscando sempre aprofundar conhecimentos sobre os costumes e religiões desses povos. Dedicou-se a estudos sobre as diversas características afro-brasileiras.Durante os anos de 1932 à 1945, Verger viajou diversos países pesquisando culturas africanas e brasileiras. Tornou-se pesquisador do Instituto Francês da África Negra (IFAN).
Em 1946, Verger aderiu a cidade de Salvador para viver. Suas viagens a Benin e a Nigéria tornaram-se periódicas, possibilitando que ele publicasse vários trabalhos sobre a historia de comunidades ali existentes.
Em Salvador, Verger devido a proximidade com o CandoMblé, tornou-se babalawo. Como babalawo dedicou-se a estudos sobre o comércio de escravos.
Transformou muitas de suas pesquisas em artigos e livros. Escreveu sobre a conseqüências sociais, econômicas e políticas do tráfico de escravos para o Brasil, religião dos iorubás e o uso medicinal de plantas.
Aos poucos Verger foi despedindo-se da carreira fotográfica, no final dos anos 70 ele parou de fotografar e e fez suas últimas viagens pelo mundo.
Em 1980, o fotógrafo consagrava-se com a publicação de seu livro Orixás.
Devido aos seus vários trabalhos fotográficos registrados em todo o mundo, Verger decide em 1988 criar a Fundação Pierre Verger em Salvador.
Anos depois, no dia 11 de fevereiro de 1996, Pierre Verger morre na cidade que ele abraçou para viver, Salvador.

Entendo um pouco sobre o Candomblé

O Candomblé é uma religião originária da África, trazida ao Brasil pelos africanos escravizados na época da colonização brasileira. O culto é celebrado pelo pai-de-santo, chefe do terreiro onde a cerimônia acontece, e tem início o despacho de Exú... Começa então, o toque dos tambores que marcam o rítmo de uma dança de roda para que os filhos-de-santo incorporem seus orixás. Passam a receber dos participantes pedidos de ajuda e de proteção. A duração mínima do ritual é de 2 horas.A visita ao candomblé, como a qualquer outro templo religioso deve ser feita com seriedade e respeito, seguindo-se algumas regras básicas: não trajar bermuda ou roupa de banho; não tirar fotos, gravar ou filmar os cultos.No Candomblé, os Orixás são arquétipos de uma atividade ou função e representam as forças que controlam a natureza e seus fenômenos, tais como as águas, o vento, as florestas, os raios, etc. Cada Orixá tem um dia da semana a ele consagrado, por isso não se espante com a grande quantidade de baianos vestidos de branco nas sextas feiras, pois sexta-feira é dia de Oxalá, a divindade da Criação e branco é a sua cor. Oxalá é sincretizado com o Nosso Senhor do Bonfim, padroeiro da cidade do Salvador.

Definição de Verger sobre o Candomblé: “ O Candomblé é para mim muito interessante por ser uma religião de exaltação a personalidade das pessoas. Onde se pode ser verdadeiramente como se é, e não o que a sociedade pretende que o cidadãos eja. Para pessoas que tem algo a expressar através do inconsciente, o transe é a possibilidade do inconsciente se mostrar.”
Candomblé é uma religião monoteísta

Comentários sobre as fotografias de Pierre Verger

As fotografias de Verger retratam muito a paixão que ele tinha pela cidade que escolheu viveu, Salvador. Por este motivo selecionei essas abaixo, além de terem prendido minha atenção quis solidificar os conhecimentos que adquiri sobre a carreira de Pierre Verger.

A primeira uma demostração de adoração ao Candomblé. A mãe de santo demonstra uma ação que acontece no ritual, uma espécie de dança que serve para envocar os Orixás. Pode-se observar a interação da fotografada com o momento vivido naquele instante.

A segunda (ao lado), mostra a negra fotografada em uma das diversas viagens realizadas por Verger a Nigéria. Uma mulher representando um povo que ele tanto o encantou. Vejo que Verger quis torná-la um símbolo da Nigéria.

A terceira (abaixo) a demosntração da capoeira, o esporte mais praticado em Salvador. Mostra não só o amor, mas a profunda admiração que Verger tinha pela cidade que o acolheu. Ale´m de representar o negro, figura importante na história do Brasil.

Fotografias de Pierre Verger o chamado "Filho do Trovão"



















Fotografias de Cartier Bresson

Seguindo a sequência, as fotografias que selecionei retratam diferentes momentos. Porém o que Bresson definia com " momento decisivo" são apresentadas nas fotos.
A primeira mostra a dor de um homem que acabara de perder alguém querido. Mostraseu aspecto de desolamento e solidão. O cenário apresenta um cemitério, o que nos permite constatar o que Bresson quis mostrar: a dor de alguém que perdeu um ente que não mais irá voltar.
"... para mim, só há uma coisinha na fotografia, um aspecto bem pequeno, que me cativa o espírito: a observação da realidade."
Cartier Bresson

A segunda retrata a leveza de uma dança. Casais que deveriam naquele momento um instante mágico e prazeroso. O cenário, o salão de dança. Antigamente muito frequentado pelas ilustres famílias que compunham a sociedade.
"Tirar uma foto é como reconhecer um evento."
Cartier Bresson

A terceira, Bresson mostrou a realidade que também teve a infeliz experiência de viver: a angustia da prisão. No cenário destaque para a cela e a vontade de quem estava ali de se libertar.
"Eu não tenho imaginação. O que me fascina é a vida, que tento compreender."
Cartier Bresson



quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Cartier Bresson




Henri Cartier-Bresson nasceu no dia 22 de agosto de 1908 em Chanteloup, na França. Descendente de uma família de posses que atuava no ramo industrial têxtil, seus pais desde pequeno sonhavam com o garoto ingressando no ramo e cuidando dos negócios da família. Porém, Cartier Bresson como era conhecido no mundo artístico não possuía em sua essência vocação para tal profissão. Ele seguiria um ramo diferente, se tornaria uma das maiores referências da fotografia, mesmo tendo estudado pintura e filosofia.
Sua paixão por fotografia iniciou-se em 1931 quando viu publicada na Revista Photographies uma foto de Martin Munkasci que mostrava três meninos negros nus no Congo correndo em direção as ondas do mar. Para Bresson aquela era a maior representação de liberdade do ser humano, aqueles meninos representaram para ele um símbolo de humanidade.Naquele momento Bresson despertou seu desejo de fotografar.
Bresson teve passagens pela África e por Paris. Na África morou por um ano exercendo várias outras profissões, como vaporeiro, vendendor de carne salgada que ele mesmo preparava e até mesmo vendedor de bugingangas. Naquele país, Bresson adquiriu malária passando vários dias com a doença. Mas apesar da angústia e da difícil recuperação, da África Bresson guardou o que seria a sua grande mudança de vida. Pois foi lá que ele adquiriu sua primeira câmera (esta de segunda mãe feita por Krauus). A África marcou a saída do também artista da pintura para a arte de fotografar.
Bresson vai a Paris e lá mais uma vez o encanto por fotografar leva-o a comprar sua câmera leica, que registrava as imagens em preto e branco , onde ele dispensava flashes.Câmera essa que Bresson levaria por toda a vida e que faria ele marcar os anos de 1932 à 1934 com fotos de pessoas sofredoras e maltratadas. Essas fotografias representavam mais do que aquelas pessoas oprimidas, elas viraram arte, elas foram as melhores fotografias de Bresson naquela época.
Em dois períodos da carreira de fotógrafo, Bresson desistiu de sua arte. O primeiro afastamento do mundo fotográfico se deu em 1935, durando cerca de um ano, quando pediu que seu pai guardasse os negativos de suas fotos.
Durante o período afastado de sua leica, Bresson passa a dedicar-se a filmes. Carreira essa que durou de 1936 à 1939, quando tornou-se prisioneiro de guerra dos alemães. Tentou fugir várias vezes, obtendo êxito somente na terceira tentativa. Dali saiu disposto a produzir um documentário sobre os campos nazistas e a volta da guerra, que ficou conhecido como Lê Retour.
Em 1946 o artista volta a seu trabalho de fotógrafo, marcando o retorno de sua carreira com a criação da Fundação MAGNUM no ano seguinte.
O ano de 1948 foi o grande marco para a principal contribuição de Bresson para os apaixonados por fotografia. Foi nesse ano que ele lançou seu livro Imagens à la Sauuette. O mesmo ano que sua carreira foi marcada pela fotografia que ele captou do assassinato de Gandhi.
Os anos se passam e em 1970 com 62 anos, o consagrado fotógrafo despede-se de sua carreira mais uma vez. Naquele ano Bresson casa-se com a também fotógrafa Martine Frank e deixa a fotografia para dedicar-se a pintura e o desenho.
O grande fotógrafo Bresson fica rotulado como reservado, não concedendo entrevistas, cedia apenas algumas conversações. Assim Cartier Bresson tornou-se a consciência da Fotografia, sem precisar falar.
O tempo passa e com quase 70 anos de fotografia no dia 3 de agosto de 2004, faltando alguns dias para a comemoração de seus 96 anos, o mundo fotográfico perde Cartier Bresson, que morre na cidade de Vancluse, na região sul da França.


Conhecendo as fotografias Cartier Bresson

Dono de uma leveza inigualável, Bresson destacou-se por amar a liberdade em tudo que fazia. Considerasse a fama algo terrível e preferia sempre passar despercebido, característica esta que também o tornou genial . Acreditava que na fotografia pudesse existir uma comunicação do homem com o mundo. Desprezava fotografias que trouxessem um cenário artificial, optava por captar fotos no instante que ele definia como “momento decisivo”. Esses momentos permitiram Bresson fazer poesia através da câmera fotográfica. Suas imagens não conheciam limites. Por isso fazia com que elas despertassem interrogações constantes. Suas fotografias retratavam o acaso e hoje através das que estão disponíveis nesse espaço poderemos passear por nossa imaginação, perspicácia e sensibilidade.



terça-feira, 19 de agosto de 2008

Oficina de Fotografia

Olá...
Este espaço será utilizado para apresentar alguns dos grandes fotógrafos que fizeram ou fazem parte da história do mundo fotógrafico. Através de informações colhidas nos diversos sites consultados pude resumir um pouco das fascinantes carreiras de Cartier Bresson, Pierre Verger, Sebastião Salgado, Chico Albuquerque, Tiago Santana, Celso Oliveira e Ângela Berlindes.
Desde já agradeço a iniciativa de Marcos Vieira que mais uma vez me surpreende com uma de suas grandes idéias, a de nos incentivar a criação de um blog que nos permite através do olhar de uma fotografia alcançar a sensibilidade do momento capturado naquele instante.
Agora daremos ínicio a uma pequena viagem através das poucas fotografias apresentadas.

"Fotografar é colocar na mesma linha de mira, a cabeça, o olho e o coração."
Henri Cartir-Bresson